terça-feira, 10 de abril de 2012

Moiras: As Escritoras do Destino

As Moiras gregas eram três irmãs chamadas Cloto, Láquesis e Átropos,que determinavam os destinos humanos, especialmente a duração da vida de uma pessoa e seu quinhão de atribulações e sofrimentos. Cloto, em grego “fiar”, segura o fuso e puxa o fio da vida. Láquesis (“sortear”) enrola o fio e sorteia o nome dos que vão morrer e Átropos (“não voltar”, ser inflexível) corta o fio. As várias versões apresentam as Moiras como filhas do Caos, de Érebo, ou ainda de Têmis e Zeus. Na mitologia grega, Moira, no singular, é inicialmente o destino. Na Ilíada, representa uma lei que paira soberana sobre deuses e homens, pois nem mesmo Zeus está autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. Na Odisséia aparecem as fiandeiras.
O mito grego predominou entre os romanos a tal ponto que os nomes individuais latinos das entidades caíram em desuso. Entre estes eram conhecidas por Parcas chamadas Nona, Décima e Morta, que tinham respectivamente as funções de presidir ao nascimento, ao casamento e à morte.
Os poetas da antiguidade descreviam as Moiras como velhas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas quase sempre como lindas donzelas.
As três deusas que decidiam o destino individual dos antigos gregos.
Moira significa “reguladora”. As três Moiras eram Cloto (a fiadora), Láquesis (a que joga a sorte) e Átropos (a ineludível). Filhas de Nix (a noite), as Moiras eram representadas como três anciãs que teciam em forma de fio o destino dos homens. Cloto o estirava, Láquesis o media e Átropos o cortava.
Eis o que diz Karl Kerényi, em seu livro OS DEUSES GREGOS, editora Cultrix, 1997, sobre as Moiras:
AS DEUSAS DO DESTINO (MOIRAS)
“Já tive ocasião de dizer que o próprio Zeus sentia um sagrado e respeitoso temor da deusa Noite. Segundo as narrativas dos discípulos de Orfeu, que deixarei para mais tarde, a própria Nyx era uma deusa tríplice. Entre os filhos da Noite figuravam as deusas do Destino, as Moiras. Essa tradição a respeito delas está no nosso Hesíodo, conquanto ele também afirme que as três deusas eram filhas de Zeus e da deusa Têmis. No dizer dos menos antigos devotos de Orfeu, elas viviam no Céu, numa caverna ao pé do lago cuja água branca jorra da mesma caverna: clara imagem do luar. O nome delas, a palavra moira, significa “parte”; e o seu número, explicam os orfistas, corresponde ao das três “partes”da lua; e é por isso que Orfeu canta “as Moiras de vestes alvas”.
Conhecíamos as Moiras, como as Fiandeiras, Klothes, embora apenas a mais velha delas se chame Cloto. A segunda se chama Láquesis, “a Distribuidora”; a terceira, Átropos, “a Inevitável”. Homero, na maioria das vezes, só fala numa Moira, uma única deusa fiandeira, que é “forte”, difícil de suportar e “destruidora”. As Moiras fiam os dias de nossas vidas, um dos quais se torna, inevitavelmente, o dia da morte. O comprimento do fio que elas atribuem a cada mortal é decidido exclusivamente por elas: nem mesmo Zeus pode influir-lhes na decisão. O máximo que pode fazer é pegar as suas balanças de ouro, de preferência ao meio-dia, e verificar – no caso, por exemplo, de dois adversários que se defrontam – qual deles está destinado a morrer naquele dia. O poder das Moiras vem provavelmente de um tempo anterior ao império de Zeus. E elas nem sempre formam uma Trindade: na famosa e antiga pintura de vaso que retrata o casamento da deusa Tétis com o mortal Peleu, vêem-se quatro Moiras. Em Delfos, por outro lado, somente duas eram adoradas: a Moira do nascimento e a Moira da morte. Eram duas quando participaram da batalha contra os Gigantes – na qual brandiam mãos de almofariz feitas de bronze. Os deuses jovens tinham-lhes pouco respeito. Apolo – conta-nos um antigo dramaturgo – embriagou as três deusas grisalhas a fim de salvar seu amigo Admeto do dia aprazado para a sua morte. Dizia-se que elas presenciaram o nascimento do herói Meleagro em casa do rei Eneu. Cloto profetizou que a criança seria de natureza nobre; Láquesis profetizou-lhe a condição de herói; mas Átropos profetizou que ele viveria apenas enquanto durasse o tronco de árvore que naquele momento se achava no fogo. Ouvindo isso, a mãe, Atléia, salvou o tronco das chamas. Dizia-se também que, das três Klothes, Átropos era a de menor estatura, porém a mais velha e a mais poderosa.

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